
Projeto da Space Shuttle em arquivo DWG concebido na versão 2.18 do AutoCAD em 1985
De um simples CAD, laçado em dezembro
de 1982, o AutoCAD, que mal permitia fazer projetos simples em 2D,
evoluiu e se tornou a principal plataforma de softwares da Autodesk
responsável pela sustentação de boa parte dos negócios da empresa. Ao
longo dos últimos 30 anos o CAD genérico, AutoCAD, ganhou versões
específicas para projetos de arquitetura, mecânica, infraestrutura,
aplicações de geoprocessamento, entre outras.
A Autodesk apresentou o AutoCAD
(incialmente chamado de MicroCAD) na COMDEX de 1982. Inicialmente, o
software foi escrito para vários sistemas operacionais, sobretudo para a
arquitetura CP/M, mas também para o MS DOS e Unix. O objetivo da
companhia era usar a plataforma dos PCs, lançados quase simultaneamente
pela IBM, para tornar o AutoCAD conhecido e acessível aos usuários.
Na época de sua introdução no mercado o
AutoCAD era uma solução de CAD mediocre, devido às limitações dos
processadores Intel e do sistema opeacional MS DOS da Microsoft, mas por
outro lado, essa plataforma tornava o CAD universal. Surgia um CAD que
permitia criar desenhos técnicos detalhados, a um preço acessível para
as pequenas empresas de design, engenharia e arquitetura.
A versão 2.1 introduziu um conceito
inovador na indústria de softwares CAD: a plataforma aberta, com a
introdução de um intérprete embutido baseada na linguagem de programação
Lisp, o Autolisp, com dialeto adaptado para programar soluções
específicas no AutoCAD. Além disso, foi implementado um sub-sistema de
bibliotecas em linguagem C, que foi disponibilizado aos programadores.

Projeto concebido no AutoCAD 2011 mostra possibilidades de realismo em diferentes tipos de materiais
Isso possibilitou o surgimento de um
grande número de pequenas empresas desenvolvedoras de aplicativos
complementares para o AutoCAD, que funcionava de forma semelhante a um
sistema operacional específico. Desde então, a Autodesk se beneficiou
bastane do trabalho desses desenvolvedores ao redor do mundo e passou
comprar as empresas mais promissoras e prolíficas no desenvolvimento de
melhorias para o AutoCAD. Os códigos dessas empresas foram sendo
adicionados ao AutoCAD para melhorar a sua estrutura e gerar aplicativos
CAD específicos.
A partir da versão 12, a Autodesk
abandonou o ambiente Unix, e desde a versão 14 descontinuou a versão
para MS DOS, passando a trabalhar em cooperação com a Microsoft,
partilhando a sua tecnologia de base para aprimorar o sistema
operacional Windows, plataforma na qual o AutoCAD viria se consolidar. O
AutoCAD, com seus formatos de arquivo DWG e DXF, se tornou padrão no
mercado de soluções genéricas de CAD, permitindo o intercâmbio com
praticamente todos os softwares CAD que surgiram posteriormente.
FONTE: bdxpert.com