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12 de dez. de 2011

O outro lado: Viabilidade de Belo Monte pela UFRJ

Estudo mostra que Belo Monte é mais barata e menos poluente que
alternativas de geração de energia. Pdf com o estudo (Aqui).


Brasília - A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no
Rio Xingu (PA) vai trazer menos impactos ambientais do que a utilização de
alternativas com energias fósseis e os custos serão menores do que outras
fontes renováveis. A conclusão está no estudo Análise Comparativa entre
Belo Monte e Empreendimentos Alternativos: Impactos Ambientais e
Competitividade Econômica, elaborado pelo Grupo de Estudos do Setor
Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Na análise, os professores Nivalde José de Castro, André Luis da Silva
Leite e Guilherme Dantas avaliam quais seriam as fontes alternativas a Belo
Monte para o atendimento da demanda crescente por energia e os impactos
ambientais dessas fontes. Segundo eles, caso Belo Monte não viesse a ser
construída, seria necessária a implementação de fontes alternativas que
suprissem a demanda, que teriam impactos ambientais maiores ou que não
teriam consistência suficiente, em termos de segurança energética, para
atender ao crescimento da necessidade por energia elétrica projetada para
os próximos anos no Brasil.




“Belo Monte é uma obra eficiente, que tem que ser feita. O Brasil precisa
de energia e qualquer nova unidade geradora de energia causa impacto
ambiental, e temos que analisar o custo-benefício em relação às outras
fontes de energia. Nesse estudo fica claro que a hidrelétrica é a que
apresenta o melhor custo-benefício em relação às outras fontes”, disse
Castro à Agência Brasil.


Os estudiosos apontam que o Brasil tem um grande potencial de fontes
alternativas e renováveis de energia elétrica: eólica, biomassa e solar,
mas a prioridade a essas fontes implicaria perda de competitividade da
economia brasileira, em função do diferencial de custos em relação à
hidreletricidade. Também poderia haver problemas de garantia e segurança de
suprimento em razão da sazonalidade e da intermitência dessas fontes
alternativas.


“Desta forma, em um cenário em que não fosse construída a usina de Belo
Monte, a construção de usinas termoelétricas seria obrigatória de forma a
manter o equilíbrio e segurança entre a carga e a oferta de energia. A
questão que se coloca é quais seriam os impactos ambientais das
alternativas fósseis e a comparação deles com os impactos ambientais de
Belo Monte”, avalia o estudo.


A análise aponta também que os custos de mitigação dos impactos
sócioambientais da Usina de Belo Monte são de cerca de R$ 3,3 bilhões, o
que é inferior ao custo ambiental que uma térmica a gás natural
ocasionaria, que seria de mais de R$ 24 bilhões. “Ou seja, a opção térmica
possui um impacto ambiental quase oito vezes maior que o custo de mitigação
ambiental de Belo Monte”.


Belo Monte é uma das principais obras do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e deve ser concluída até 2015. Com potência instalada de
11,2 mil megawatts, será a maior hidrelétrica totalmente brasileira
(Itaipu, que tem 14 mil megawatts de potência, é binacional) e a terceira
maior do mundo.

Para ler o trabalho publicado clique aqui (PDF)
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Acesse o Artigo Original em: http://www.querocriarblogger.uni.me/2012/01/como-colocar-paginas-numeradas-no-blog.html#ixzz1jC8zw1Dt