
Mas como assim três pessoas você ? Você se pergunta. Classicamente é ensinado no colégio que "metade" do patrimônio genético vem dá mãe e a outra metade vem do pai , então incluir uma terceira pessoa nessa história nos parece um aberração da vontade humana. Mas esta não é toda a verdade quando fechamos os livros e vamos investigar as células.
O que ocorre na realidade é que a Mãe contribui ligeiramente com uma parcela maior do código genético do que o pai e isso se deve a uma terceira modalidade de DNA bem particular que existe, não no núcleo, mas no citoplasma de todas as células: O DNA mitocondrial. Esse DNA é herdado integralmente da mãe, ou seja, todos os filhos naturais de uma mesma mãe possuem o mesmo DNA mitocondrial idênticos entre si, ao da mãe e ao da mãe da mãe ... A motivação para a essa técnica, segundo AFP, seria eliminar doenças graves com origem neste DNA mitocondrial conhecidas como distrofias raras e síndrome de MELAS e para isso necessitamos de um novo óvulo com esse DNA mitocondrial pois o presente no espermatozoide não serve. Surge então a necessidade de uma terceira pessoa, uma mulher que doe um óvulo sadio para hospedar o material genético nuclear do "pai" e da "mãe" reais.
"Qualquer criança nascida após uma substituição da mitocondria compartilhará DNA com três pessoas, embora se trate apenas de uma quantidade diminuta da doadora", declarou a Autoridade de Fecundação e Embriologia (HFEA). O órgão salientou que "o DNA mitocondrial da doadora será transmitido às gerações futuras".
A presidente da HFEA, Lisa Jardine, lembou que estão entrando "em um terreno desconhecido, fazendo o balanço entre o desejo de ajudar as famílias a ter filhos saudáveis e o possível impacto nas próprias crianças e na sociedade".
Fonte : olhardigital