
O Governo lança no próximo dia 13, terça-feira, o Terraclass, um levantamento de informações sobre o uso e cobertura da terra, na Amazônia Legal. O projeto que surgiu em 2008, após 20 anos do início do monitoramento do desflorestamento da Amazônia Legal, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), tem como objetivo fazer a qualificação das imagens orbitais das áreas desflorestadas na região. Os resultados dessa nova leitura estão reunidos em mapas e num conjunto de tabelas, com informações inéditas, que descrevem a situação do uso e da cobertura da terra em nove estados da Amazônia Legal, no ano de 2008.
TERRACLASS – O projeto denominado Terraclass foi desenvolvido e executado por técnicos e pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com apoio do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com gestão financeira do Banco Mundial e suporte (técnico, financeiro e operacional) da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate). O levantamento foi lançado no ano passado no estado do Pará e agora acontece o mesmo em relação a Mato Grosso.
O estudo dividiu a área desmatada na Amazônia Legal em dez classes de uso, que incluem pecuária, agricultura, mineração, áreas de vegetação secundária, ocupações urbanas e outros. Até 2008 essa área correspondia a 719 quilômetros quadrados, que segundo o levantamento, foi usada em sua maior parte, 447 quilômetros quadrados, para pastagem.
Já as áreas de agricultura anual, totalizaram 35 mil quilômetros quadrados e as áreas de vegetação secundaria,151 mil quilômetros quadrados.
Para os especialistas, os novos dados poderão dar mais racionalidade ao debate sobre o desenvolvimento sustentável, fazendo com que se chegue a um equilíbrio entre potencial produtivo e preservação. O que significa dizer que o Brasil não tem porque flexibilizar o desmatamento e não tem razão nenhuma para desmatar, já que temos área suficiente para aumentarmos a produção.
Será que mais uma ferramenta é o que basta para uma mudança que deve ser paradigmática? Aguardemos os próximos capítulos (com pouca esperança).
Créditos: http://www.geodireito.com