Considerado uma espécie de tabu entre profissionais de saúde, os erros médicos (que, estima-se, prejudicam um a cada 4 pacientes hospitalizados) são tema do livro “Unaccountable: What Hospitals Won’t Tell You and How Transparency Can Revolutionize Health Care” (“Irresponsável: O que Hospitais não irão lhe contar e Como a Transparência pode Revolucionar a Assistência Médica”, sem tradução no Brasil).
Seu autor, o cirurgião Marty Makary, descreve certos tipos de médicos, tais como:
- Os perigosos, que continuam exercendo a medicina graças ao silêncio de seus colegas;
- Os “da Idade da Pedra”, que não se atualizam, mantém práticas defasadas e não lhe contam isso;
- Os obcecados por lucro, que recebem “comissões” de laboratórios e empresas e aparelhos médicos para prescrever determinados remédios ou implantes de aparelhos.
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" O autor Marty Makary (segundo pela direita) com colegas na Johns Hopkins Hospital" |
Ele conta que escreveu o livro porque deseja mudar o sistema de saúde dos Estados Unidos (embora outros países possam seguir o exemplo) de dentro para fora. Não acredita, porém, que o Estado ou o mercado possam fazê-lo: “São os pacientes que podem mudar o sistema”, aponta. Como? Sendo “consumidores” mais criteriosos da assistência médica, da mesma maneira que fazem ao adquirir outros serviços ou produtos.
Para ajudar, Makary dá alguns conselhos:
- Se não souber se o médico é bom ou não, pergunte aos funcionários do hospital;
- Procure informações sobre sua condição em sites confiáveis e descubra opções de tratamento (nota: ele não diz que dados da internet substituem o diagnóstico de um especialista);
- Quando o médico sugerir que você passe por uma cirurgia, faça algumas perguntas: O que acontece se você não passar pela cirurgia? Quais as alternativas? Quais os riscos e benefícios?
- Peça uma segunda opinião.