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Ou o Estado ganhará a sonhada meritocracia, ou o Capital ganhará o sonhado Estado. Não há volta ! |
O objetivo é dar uma injeção de investimento que traria na esteira outros benefícios, como gente jovem e criativa disposta a trabalhar no país, dando uma aura cool pra cidade (exatamente como a das duas cidades citadas no primeiro parágrafo). Essa atmosfera de inovação produziria um ciclo virtuoso que, em tese, só traria benefícios para Honduras.
Michael Strong, um dos maiores entusiastas do projeto (veja só, CEO de uma multinacional), diz que programadores e designers – dois empregos imprescindíveis para qualquer aspirante a capital tecnológico – não vão trabalhar em um local que lhe ofereça apenas o salário. Eles fazem questão de restaurantes, bares e casas de show cheias de gente interessante.
A iniciativa é polêmica. O fato de empresas ganharem o direito de criar uma cidade do zero implica na necessidade de um sistema Executivo, Judiciário e Legislativo, também surgidos do nada. Não é difícil prever a quais interesses as leis dessas cidades modelos atenderão. Um dos municípios será construído no mesmo território em que vive uma comunidade indígena. A dúvida é: será que os índios também estão ansiosos para ver as novas leis e privilégios que certamente NÂO terão ?
No dia 6 de setembro foi assinado um memorando que permite a criação de 3 dessas cidades. A promessa é que a primeira delas crie 5 mil postos de trabalho logo de cara, com a previsão de mais 20 mil em um futuro próximo.